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Mostrando postagens de outubro, 2009

Luís Serguilha, o clássico-contemporâneo

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{Ensaio Literário } A poesia de Luís Serguilha revela o que há de novo na Literatura Contemporânea do século XXI. Impressiona pela evolução do pensamento, seqüencial, circular ou helicoidal; não é de fácil entendimento, pois apresenta citações e vocabulário peculiar pertencente ao jargão da biologia, da dinamicidade dos organismos até a interação da vida, das profundezas abismais, das reentrâncias da terra e de suas inflorescências quase pubianas à denúncia da eroticidade plasmada na natureza primordial, elemento-chave de toda a sua escrita, que é do subsolo, da floresta, do rizoma. Um estilo novo que veio para ficar e incomodar; reflete posturas atuais na linha do tempo-espaço, do exagero das informações a que somos submetidos diariamente, da necessidade de atualização constante, deste ir acelerado e contínuo. Certamente, pós-contemporânea, o que se pode observar nas imagens evocadas nos neologismos compostos à feição de um Guimarães Rosa urbano, como: nas expressões “corais

Lisboa

Viva Lisboa! Saudades de Portugal que nunca vi Exílio conquistado em pátria própria Transmigração ensimesmada em alforria enganada. Saudades do que não vi Saudades do que não vivi. Portugal, irmãos de História, amigos de instantes, palavras constantes. Volta ao círculo e leva os meus textos nas ameixoeiras carregadas, nos fados, na antiguidade dos azulejos, nos quitutes preparados por mãos de boas quitandeiras das praças de Lisboa. Das saloias, das mulheres, das alvisseirareiras costureiras, camareiras, lidadeiras, lânguidas, transparentes em carmins de herbáceos jasmins. Dos patrões e patroas, empregados e mandatários do teu nome a singrar mares. O que não vi e o que não sei estão em mim, assustadoramente, em mim!

Borboleta professora

PROFESSORA BORBOLETA Borboleta voadora, borboleta sonhadora, borboleta voa em circulos e não para de voar. Uma hora ela se cansa e seu colorido avança, piruetas que crianças, borboletas quer pousar. Se parar com esse voo, algo doce será o consolo, borboleta colorida ta na hra de pou´sar. Bom mesmo é o néctar de flor uma gota do orvalho vai muito bem sim senhor. Quando falta um jardim, uma planta rasteira a borboleta circuleja como quem vai a igreja pedir milagre de amor. Seu voo é uma ladainha vai e vem e nunca termina. Sua prece quase fascina ela pede com fervor: _"Deixem de lado as guerras, parem com as mazelas. Replantem o mundo por favor" TropporJ em 22/10/09.

Minha irmã

Minha irmã é garota de cinema, Isto dá o maior problema É aplauso que não acaba mais Minha irmã... abusou em Ipanema! Agora é só telefonema, Ai meu Deus, o que se faz! Minha irmã é roteiro de polícia Se ficar o bicho grita, Se correr o bicho pega! Minha irmã... um problema profissional Além de tudo, mulher fenomenal, É artista de revista!! Minha irmã...estou indo de fininho, Dizer às todas todinhas O quanto eu sou a sua irmã!!!Dilema! k.t.n.

Ensinamento

Se pudesse te ensinar, ensinar-te-ia o caminho da paz. Em se podendo ensinar, quereria aprender mais e mais da sabedoria. Tendo o poder do giz, escreveria o nome que falta à tua mesa. Resvalando frente à lousa, traçaria desejos de esperteza e finezas de textos sóbrios. Seria tão correta e tão discreta, que ajeitaria os óculos e descoberta, Desvendaria à classe incerta que não sou dona de saber profundo.. Só mais uma criatura neste mundo, partilhando a sala, respirando o pó, Encrespando a arte do crescimento, enganando com palavras e expressões, Copiando o que outros já escreveram, passando a cola do que li e reli, Dando essa esmola que também recebi. Mestre ou professora, criadora ou copista, tenho um nome, uma marca Um carimbo em minha testa, o fazer a pensar, o fazer o sonhar, o moldar, modelar... A preocupação é grande, o mundo é indiscreto, sem rumo, incerto. Enquanto isso dois e dois são quatro na esperança matemática em meio às Letras performáticas esquadrinhadas num navio. ... c

Para Many

Seu vestido rosê De perfeito ar 'blasé'! Finge-se de morto, mas nem um pouco torto! Configura, faz figura, Deixa fina a madame. Seu vestido rosê, Adereço para quê? É sutil figurino. Faz platéia imagina, A prateada feminina Que figura nos altares. Seu vestido rosê, Deu um choque pra quê? Para tirar o ar chinfrin, daquele que tirou ponto em mim. Curvaturas, formas finas. Figurino de menina rosa antigo faz figura. Seu vestido rosê! Chama o charme, Chama o champagne, Chama rosas e dengos, Chama finura e lisura, Chama Many em pose serena. Katita

Desculpas

Aos que postaram comentários em meu blog o meu muito obrigada! Não consegui responder a todos, em seus respectivos blogs. ...não sei o que acontece, talvez, inexperiência ao postar!!! Amei os novos amigos, bem-vindos!! Fico lisonjeada e feliz!! Este blog é o meu rascunho pessoal online, ao vivo e a cores... há muitas poesias que não transcrevi aqui e falta reedição, revisão, etc e tal. Tudo, neste espaço, é saído do forno..............................!!! Thank you!!! Kisses....

impulso

o pulso impulsiona em direção de vento ligeiro o vento contraria o pulso que corre prazenteiro em direção ao relógio poemas de um dia inteiro. a cerimônia é chata cansou, entendiou. sem cerimõnia pedimos textos voltem. melhor que o discurso. *** 20/10/08 teus textos não são pobres nem de marré de si seus textos são um pouco arte um pouco fato, um pouco contraste teus textos, oras, são teus textos!! 15/10/08 D: meus textos, pobre deles, sem ventura na correnteza do vento sem ser cerimônia o pulso ainda expulsa :*** diogo

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Amanhã poesia... Todo dia poesia... Em grande fantasia... Faz festa e folia, Difícil de dizer... De várias formas dizer, temos muitas, somos... poetas Antenados, fisgados, enraizados neste sentimento, nestes pensamentos... Nestas entrelinhas... não somos sozinhos, somos muitos... são muitas as horas e os dias .... são muitos os sentimentos, intensos, incompreensíveis, arrasadores.... às vezes, tormentos... em outras horas, leves intentos,,, sempre poetas, amadores, amantes, questionadores, sofredores, imitadores, na arte, .... Hoje poeta, amanhã poeta, ontem poeta, ... e daí?! Somos!! É muito bom... dose de loucura, dose de fantasia, nada que a vida não cure...mulher um tanto arredia... à procura e se esquiva e não se acha... e se mostra... e se insinua... e se parte... e se parte, e se comparte e faz arte...

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pó da percepção: a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z nó da razão.