Ao cristalino distante
Amo... amo àquele que me vem e não conheço. Amo aquele que me vem e não defino. Amo este que me bate à porta e me traz a incerteza. Amo sua doença, seu bem-estar, sua cor, sua tez, sua insensatez. Amo quando entende minha impulsividade em tentar entender. Inclusive, sua gesticulação e sobrecenho. Amo a diferença, a falta de confiança e a dificuldade de estar ao lado. Acima de tudo, amo esta vida que nos tracejou caminhos em comum Amos seus olhos castanhos-brilhantes-lampejantes! Amo seus escritos, sua contribuição à vida! E esta que aparece em pequenos lampejos aos olhos do meu cristalino distante. Eia, Terra errante, eia e avante! Somos grãos de areia, tu és grande enquanto partilhas, tu és o que me faltava nos dias desditos. Obrigada! Ao poeta escolhido dos dias! Saúde e alegria! Kátia