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Mostrando postagens de setembro, 2012

Lua Cheia

"Era noite de lua cheia e me recheei de ti...!" Impassível flora inacabada./ deitada e destilada / Ensimesmada e dobrada sobre o calçada. / Furgões passavam, estigmatizavam./  Formigas cortavam o néctar das flores emolduradas.  / E nada. / E nada./ Só calçada e trio. / Sombras caídas, murchas, beira de rio./  k.t.n. in solilóquio

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Vida, eterna surpresa! Nem temos tempo para pensar e lá está nos apressando. Quanto a fazer. Não queria , Preciso descansar os olhos, Deitar os ombros, Recostar a cabeça, Sentir o vento, Irmanar-me. Imantar-me. k.t.n.

Abuso

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Não posso mais me pertencer, Preciso fugir de mim. Encontrar a raiz quadrada. Pálida, esquálida, inatingível. Não se pertence, vive-se. Ou não vivo mais em mim? Onde estará a essência lógica e vital? Tão contraditória e tão imensa? Simples assim fugir. Mas não posso mais, Fugir de mim!! k.t.n. in abuso*

Estelares, luares e azuis.

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A luz da cozinha acesa Diz recados sobre a mesa. Farelos entregues aos pardais. Quintais alardeando gramíneas. Acesas, pelo Sol. Somente pelo Sol. Sementes caem. A luz do candeeiro queima Solidão ao misantropo. Termina ódios claros, Em noites escuras etéreas. Acesas pela Lua. Somente pela Lua Camisolas saem. A parede queimou o óleo. A caderneta de anotações perdeu. A violeta escura e viva Cedeu lugar à orquídea negra. Acesas pelas Estrelas Momentos Estelares. Pontilhadas de azuis. k.t.n.& in segundo momento

Centopeia fria

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A centopeia passeou no meu teto e parede. Deixou rastros. O besouro pousou na testa da menina. Deixou susto. A libélula voejou em altos galhos. Deixou pistas. Abelhas se comportam em colmeias Adocicadas. Deixaram meles. A pista falsa dos insetos se prenunciam. Em alfabetos de letras raras. A musa espera o momento Anunciam. Espertamente, o zum-zum-zum Martelando Do macaco-prego! E a bicharada se esconde mato à dentro. Alguns menos ajeitados espreitam, Relento. Insetos se reproduzem. Formigas procuram afazeres, Sobre a tua mesa abandonada. Partículas de pão esfarelado. Detritos de comida de antes-de-ontem Quem pôs a mesa? Não lavaram a louça, Nem recolheram talheres. Restou. Enfileiradas sobem pela parede. Alguns mosquitos se apetecem desta letargia. Hora fria. Da água na torneira da pia. k.t.n.* in foco

Remanso

Só não me cansa o chá. De hortelã, de cidreira, de camomila, maracujá. Chás não cansam. Não me cansam os pequenos. Os amenos. Doces. Sobremesas. Chuva mansa, neblina e flor. Flores despetalam, mas nÃO cansam. Despejam aromas, sutilezas. Não cansam. O barulho do vento adormece e não cansa. O remanso das águas nas vitrolas antigas sedentas, não cansam. Não me espere, que não cansa. Não espero, isto cansa. A letra fatigada cansa. As palavras no pensamento distraem. O pensamento volátil é borboleta pousando. O firmamento descansa. k.t.n.* entre flores, pintassilgos e brisas.

Cansaço

Cansada de: falsos políticos falsos críticos políticos falsos socialistas falsos marxistas (Marx sabia fazer contas?) falsos poetas puros falsas ideologias. todas são. desta vida de mentira. deste tempo que nunca passa. desta ilusão que se impõe. mais ainda: desta razão que nos impõe. O brilhante é pedra falsa aos olhos. O coral é brinquedo falso no mar. Cristal não há que não se quebre. A tumba vazia não atesta o defunto Tudo falso. Temor, medo, ilusões. fantasmas. solidão. tudo não. A vida é o que é. pt. k.t.n.* in cansada das gentes sabidas.

Presença alegre

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Se nesta alegria, denuncio-te Ë porque estás aqui!