Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

Sapatos

Pise de leve, de mansinho. Meu coração não é de pedra. Nele cabe o mundo. Pequenino e quietinho. Num canto de manteiga. Pssst!! Pise leve! k.t.n.* in dança e leveza

Espiral

É só isso que quero: ESCREVER. Jogar palavras fora p e l o   vento. Sentir todas no peito. s a i n d o    INTEIRAS. Vertendo nova face. Maturidade, Tenra idade. E na foice cortar o teu sentimento. Cortar tuas asas. Bastar o teu lugar, Nem santo nem sacrossanto. Uma esfera sentinela. Olha-te, Rubra. Ruboriza e se afasta. Imediamente, Retorna. e JOGA o limo da chuva n a Boca espiralada da mulher chinesa. Assim, Acontece. Uma prece. k.t.n. in ensaio.

O meu bloco na rua, eu vou cantar!

Imagem
Imagem de Luiz Cavalli O meu bloco na rua, eu vou cantar! (Prá dar e vender) Tiraram o meu fusca da rua. E nem era segunda-feira de Carnaval. Como jogar serpentinas? Cinzas, pratas, etc e tal? Na quarta-feira resolvo isso. Deixo o futebol  neuras todas. Pego a cinza do teu rosto. Uno as partes em tons mais lúdicos. Eliminarei ferrugens. Tempo perdido. Rodas novas, vida em crescente. Parcerias iluminadas. A lua por companheira. Terra Brasil, hospitaleira. In amor de rua aos pedaços! k.t.n.&*

Flores vertidas

Meus olhos vertem flores/ Procuram um Planeta desabitado (sem príncipe) / Floresta encantada (sem mosquitos) /  As bocas, ah, as bocas todas que tenho /  Perfumam o Planeta / Essência sem graça   E inundam o vértice-oceano /  Deságua num mar profundo e se dilui sabores /  Meus olhos vertem amores e brilhos / Encantamentos de fadas azuis / Lateja olheiras profundas e busca / Sempre busca /  Eterno arco-iris de lantejoulas / Esparge a solidão em sombra /  Olhos azuis assim nunca vi. /  Olhos meus!/  k.t.n. in braile e sombra.

Tardes derramadas

E nestas tardes suaves, avestruz/ Tanto calor-calor que faz cruz/ Sentinela dos teus/ Amores partidos em tardes quentes/ Horrorosos / Sibila entredentes marfim e ebúrneos de sonhos derramados/ E cachoeiras disgtantes deságuam em homens e mulheres sedutoras/ O suor escorre das faces/Lateja a testa das moças/ E os homens vestidos sapatos e ternos, sempternamente sectários/ Se agitam e agigantam-se tomando Gim, a tônica/ Prevalece a tarde, morosa, quente, respingante/ O Sol não moureja no Horizonte/ Os pardais confessam panelas de arroz e araras azuis gritam/ É um festival!/ Folhas verdes teimam em não derreter, tremulam em bandeiras nacionais/ Os galhos esféricos levantam-se e riscam o ceu, aproximam-se/ A prece da senhora gorda lambuzada de gordura e sebos/ Escorre dos lábios da menina mais quieta cheirando o doce da panela/ É arroz doce, algodão-doce, batata-doce queimaram nas mãos/ Grudaram nos dentes, empastaram a língua-fel/ E seguiu a tarde quente, sempre qu

Sementes em trilhos de pedras

Diligente entre plantas semente eterna. Perfaz líquidos e elefantes diz-se ligeira. Encanta artíficios nada subterrâneos, Pois sobe ligeira a tua testa e têmporas fatigadas. Há uma noz inquieta e perfumada derrumando líquidos E fluídos esparsos. Espessas gomagens tardias levou consigo dias. Fatídicas esperanças. Alcançadas em favor do outro. Levou o brilho a ferro e fogo. Trata-se de afeto raro em trilho de pedras. Fantástica feição de primavera no ceu de abril. Uma sintonia dissonante. Alfaces tenras quebrando a boca. k.t.n. in primeiro  poema de 2013!

2013

Há um langor tão denso nas pálpebras semicerradas Pesam horrores assustadas Pedem calma e melancolia Nestas noites todas divididas em cílios suspensos. Uma canção, talvez, pessoas, quem sabe. Os olhos se fecham à claridade ofuscante A busca da prece se faz num último instante E se recompõe do lastro de fel Ajeita máscaras todas, azedas máscaras Nacaradas do malte e mel Glaceadas de azul turquesa Resplandecem parte do ceu Estranha miragem na paisagem Modificações de estrelas cadentes que queimam os cabelos nauseabundos Defectos e desregranhados No lençol da manhã, mortalha. Feroz agulha e precipício Pedras pontiguadas ferem Desterram fronhas, embrulham toalhas e desaquecem o fogareiro. Lume. Tão discreto, nem se nota escondico sob os alforjes O pano branco enegrece e vermelha O lume toma corpo é labareda Assim os homens vão estrada à fora. Pensam conquistar baías e arquipélagos Não conhecem o seu próprio rosto E face a face se entregam nesta ignorância