Textos mínimos


Onde a consistência das palavras? Deixo fragmentos mínimos. Assusta, ou me assustam? Preciso decidir esta questão mínima que assoberba os textos. Há densidade entre os pequenos pedaços de palavras, ou sílabas. Um grafismo pode ser uma ideia rica, riquíssima, atemporal, ou até numa rima pobre, ideal. Mas sou das muitas palavras, das que reverberam, encontram ressonância, solidez e se espargem no ar, viram borboletas de vida breve, mas retornam em bandos, em novas cores, roupagens vibrantes, em textos, textos, textos que não se calam, não se cansam. Aliás, cansam-me pessoas que não gostam dos textos mínimos, recortados, aflitos, ansiosos, que precisam seguir assim, para se aglomerarem e tomarem nova forma. Os textos, eles, precisam de remodelagem, assumir um caráter e posição. A tese se forma aos poucos, diria, muito pouco, anos talvez, muito estudo e determinação, amor ao assunto. Esta é a palavra: amor. quando bate quer falar, dialogar, consentir, sentir, tocar. Frágil rosto da vida, insensato em momentos, mas soberano.

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